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O leitor pergunta

Um dos meus cinco ou seis fiéis leitores me pergunta sobre alguns dos personagens do Blog que, “sem justificativa ou razão”, desapareceram das nossas conversas, e não deixaram vestígios.

Em tempos de ódio político-partidário e intolerância, o raro leitor (que pediu anonimato, diga-se) supõe que pode haver um bloqueio aos ditos-cujos que aprendeu “a admirar ao longo desse tempo toda de deliciosas abobrinhas que você (eu) escreve”.

II.

Como não podia deixar de ser o primeiro da lista é o Escova que “não dá as caras no Blog há não sei quanto tempo”. Pergunta também do Doutor Nicola (o taxista e psicólogo que desenvolvia uma tese com o tema “As Mulheres Que Amam Demais”), do Dinoel (o apaixonado bancário que pilotou um blog dentro do Blog por algumas semanas para falar de um amor desfeito), da morena Dagmar (a trepidante paixão do Dinoel), a Garota dos Cabelos Vermelhos (que, quando ia mal do coração, os fios da cabeleira perdiam a cor e ficavam alaranjados) e até do Homem de Lata (que saltou do livro O Mágico de Oz para se encontrar com um médico que era fã do Faustão e mereceu duas crônicas lá no início do Blog).

III.

O leitor reclama que ando pragmático demais.

“Os textos correm em cima dos fatos diárias, das datas célebres e deste horroroso braço de ferro político que se vê hoje em dia”.

O cronista – diz ele – não deve ficar refém do noticiário que, por si só, “beira o desalento e o trágico”.

“De um blogueiro/cronista se espera um tantinho de encantamento e emoção para se continuar acreditando “nas coisas simples, sensatas e sinceras”, como você mesmo escreveu tempos atrás”.

IV.

Ele termina pedindo desculpas pelas críticas, mas que assim o faz porque já se sente de casa e “um parceiro de caminhada” deste humilde escrevinhador.

Olaiá…

Fiquei com os olhos embaçados quando li o email do rapaz/senhor/amigo que não conheço.

Nosso Blog não é lá um campeão de audiência, longe disso. Mas, tem lá seus seguidores e, me permitam a imodéstia, são pessoas para as quais vale à pena este meu cotidiano teclar.

Dou-lhe plena razão.

*amanhã continua