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O moço pintor

“Aos 91 anos, Enrico Bianco é o “pintor moço” que encantou Mário de Andrade. O mesmo que surpreendeu Portinari, mestre e amigo de sempre. Nas suas telas o tempo vai passando despercebido, pincelando a vida com emoção, imprimindo sonhos de menino e paisagens que não têm fim…”

Assim começa a reportagem especial da repórter Leila Kiyomura para a próxima edição do Jornal da USP. Leila foi ao Rio de Janeiro entrevistá-lo em seu ateliê, onde uma tela em branca está sempre a esperá-lo a cada nova manhã.

Vale a pena ler.

Especialista em Artes Plásticas, a jornalista começa a organizar um livro sobre a vida e a obra do grande pintor.

Das conversas de bastidores com Enrico, Leila ressalta dois aspectos que não constam da reportagem, mas serão fundamentais na futura biografia: a definição do artista sobre as mulheres e a relação com os jornalistas.

Ele ama as mulheres – todas. Diz que são maravilhosas porque mentem. E o fazem apenas para encher o mundo de fantasia e encanto.

E ensina:

— Há que entendê-las e amá-las por inteiro, como são.

Quanto aos jornalistas, é mais contundente.

Em razão da idade avançada, todos lhe perguntam a mesma coisa:
— o Sr. tem medo de morrer.

Enrico Bianco, com sua vasta sabedoria, responde:

–Que merda! Se fosse só isso, seria bom. Eu morro de medo de tudo!

FOTO no Blog: Paulo Bianco