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O vazio dos sonhos

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Foto: Leila Cunha

É próprio do homem insensato sustentar-se das vãs esperanças e de mentira; e os sonhos dão asas à fantasia dos imprudentes.

Como quem se abraça com uma sombra e vai atrás do vento, assim é o que atende a enganosas visões.

Que coisa será limpa para um imundo?

É por um mentiroso que a verdade será dita?

A adivinhação errônea, os agouros falsos e os sonhos dos malfeitores são vaidade.

E o teu coração, como o da mulher que está de parto, padecerá imaginações.

Se pelo Altíssimo não foi te enviada alguma dessas visões, não ponhas nelas teu coração.

ECLESIASTES – 34, 1-6

Da parcimônia

Não digas inconsideramente, nem o teu coração se apresse a proferir palavras diante de Deus. Porque Deus está no céu e tu sobre a terra; portanto sejam poucas as tuas palavras. Os muitos cuidados produzem sonhos e no muito falar achar-se-á a loucura.

ECLESIASTES – 5, 2-3

*Trechos recolhidos do Livro dos Sonhos, de Jorge Luis Borges.

Há sempre um porquê entre o texto e a escolha da música que o Blog publica.

É o que tento, minimamente.

Às vezes, a analogia é mais perceptível.

Espero que assim seja na maioria das vezes.

Outras, como a de hoje, obedecem um critério absolutamente pessoal.

The Guess Who embalou os devaneios de tantos jovens que, em 1968, quando o hit foi lançado, imaginavam romanticamente ser possível acreditar em dias mais promissores.

Seja no amor que, queiramos ou não, sempre foi a pedra de toque. Seja na construção de uma sociedade mais justa e solidária…

Acreditávamos, sim, que o amor e o sonho/utopia estavam ao alcance dos nossos olhos.

Era questão de tempo. De amar e acreditar.

Não eram miragens.

Através do amor faríamos a revolução. Pacificamente.

Já o acreditar legitimaria a essência de uma imorredoura esperança.

Que, acreditem, ainda hoje persevera, e nos é vital.

(Só pra constar, à época, eu tinha míseros 17 anos…)

 

 

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