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Resposta ao amigo… da onça

Respondo à provocação de internauta/leitor e amigo… da onça.

Ele faz algumas perguntas que, em essência, têm o mesmo teor.

Diz ele:

— O povo quer saber. Dois pontos: Rodolfo, você não escreve mais sobre futebol porque o Palmeiras caiu para a segunda divisão? Ou porque o Palmeiras está na segundona você não escreve mais sobre futebol?

— Outra questão, se me permite… Você não escreve mais sobre futebol porque o xxxxxxxx (e citou o nome daquele clube) é o lídimo campeão mundial? Ou porque o xxxxxxxx é campeão mundial você não escreve mais sobre futebol?

Nada lhe respondi na hora.

(Até porque precisava de um tema para o blog hoje.)

Começo, pois, dizendo que pode ser as duas coisas, e nenhuma delas.

Primeiro, porque não há como falar de futebol sem que haja paixão. O esporte, por si só, sugere essa intensidade de sentimento. Por mais que tentemos ser racional e eqüidistante, no fundo, no fundo, todos indistintamente que escrevem sobre futebol querem mais é ver o melhor para o seu clube, a sua seleção.

A imparcialidade vai para o saco, na mínima observação que se faz sobre esta ou aquela jogada, sobre este ou aquele jogador.

É bem provável, portanto, que a via crucis palmeirense tenha me tirado qualquer entusiasmo para deitar falação sobre o Planeta Bola.

Na contramão, pode-se aplicar o mesmo argumento para a boa fase daquele outro time.

Lá no mais antigo dos anos, ouvi o sereno Gilberto Gil dizer que amava futebol, mas não acompanhava os jogos do Bahia (se não me engano), pois o esporte mexia com suas emoções mais primárias. Como ele vivia uma fase macrobiótica e zen, preferia ficar de fora de tantas e tamanhas aflições.

Talvez eu viva hoje o mesmo dilema, sem macrobiótica ou fase zen.

De outro modo, e segundamente, é com a alma lavada e enxaguada em pranto, que constato que o internauta está mais para amigo da onça do que para leitor do blog. Pois, não faz muito, em 29 de janeiro, fiz um post sobre o tema, com impressões que recolhi durante viagem à França.

Chama-se “Relatos de um viajante parvo (7)”. Confiram – e não me dexem mentir sozinho.