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Sobre o novo Jornal do Brasil

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Preferi não fazer qualquer comentário sobre a volta do Jornal do Brasil às bancas.

Apenas registrei no Blog o aplaudido retorno ao replicar o texto emocionado da jornalista Hildegard Angel.

No título, deixei a saudação:

“Vida longa ao JB!”

Alguns amigos, jornalistas também, estranharam:

“Pô, cara, é um pessoal da sua geração, botando pra quebrar na recuperação de um órgão histórico da nossa imprensa. Não é legal?”

II.

Claro que sim, respondi.

Mas, lembrei que, já que falaram em geração, sou do tempo dos Beatles e dos Rolling Stones e ansiava vê-los por aqui. Desejo que se cumpriu em parte.

Já entrado nos 40, fui assistir ao show de Mike Jagger e sua turma numa noite chuvosa no estádio do Pacaembu. Lotadaço. Vibrante.

Agora recentemente vi a apresentação da banda Beatles Forever. Um espetáculo honesto, divertido. Os caras tocam as canções dos Beatles, com instrumentos originais, os mesmos arranjos, a mesma impostação vocal, o vestuário parecidíssimo; perucas imitando o corte de cabelos de cada fase, enfim bem completinho o show.

Saí de ambos os locais, mais nostálgico do que feliz.

Perdi o time no caso dos Stones. Não era mais o garotão cabeludo e sonhador dos anos 60 quando fui vê-los. No caso dos rapazes de Liverpool, simplesmente não eram eles. Vale o esforço dos caras que estão na estrada há décadas, mas, a bem da minha verdade, repito: são cópias valorosas, dedicadas e tal, mas…

III.

– Você é muito chato, tascou na lata um desses amigos sincerões que tenho.

Tascou e desconversou. Para minha sorte, até porque não tenho certeza de que me fiz entender.

Vida que segue…

IV.

Ontem à noite, em meio a uma de tantas consultorias que fiz com os alunos do sétimo semestre de Jornalismo, na aula de Pré-Projeto de TCCs, eis que a questão volta à tona:

– Professor, o que o senhor achou da volta do JB?

Não soube exatamente o que lhe responder, a princípio.

Dar um repeteco nas histórias, concluí: seria um erro.

Louvei então a coragem, o empenho do corajoso empresário que bancou a iniciativa e dos notáveis jornalistas – “da minha geração” – que toparam o desafio de publicar diariamente um jornal impresso.

V.

O mundo mudou.

Não será o meu ceticismo, que se manifesta cada vez mais com o implacável passar dos anos, a toldar o brilho de luz e vida que esta jornada encerra.

O Brasil precisa de um jornalismo sério, independente e que seja agente da transformação e do bem comum.

Vida longa ao JB!

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