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Toque de Bola

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Foto: reprodução do quadro de Cândido Portinari. Futebol em Brodowski, 1935

Não, amigo Railsson, não foi a supremacia inconteste do Flamengo nesta temporada que fez rarear o assuntos do sempre inquieto Planeta Bola aqui em nosso humilde Blog?

É o que você insinua, confere?

Diante da minha confessa paixão pelo futebol (dita e redita em crônicas anteriores e ao longo da minha vida), você diz estranhar meu silêncio diante “da épica jornada rubro-negra”.

De quebra, o amigo (permita-me assim chamá-lo) ainda me faz uma provocação na mensagem que me envia. Quer saber se concordo com a opinião dele: o tal mister “revolucionou o futebol brasileiro”?

Além do que, acrescenta, “é certamente bem melhor que o superestimado Tite”, o técnico da seleção nacional.

Ele também me pergunta: para quem torcerei na quarta, quando Flamengo e Grêmio decidem quem será finalista brazuca da Libertadores de 2019?

Vamos por partes, ok?

Primeiro que tudo, se o bacana é leitor assíduo do Blog, como justifica, teve a chance de ler aqui – e não raras vezes – que tenho uma longa estrada nessas coisas de chutar a bola e comemorar gol. Tanto na arquibancada como nos campos de terra batida da gloriosa várzea paulistana  (já fui relativamente bom nisso).

Aprendi desde cedo – e sem o grau de intolerância dos dias atuais – que faz parte da brincadeira ganhar ou perder, sorrir ou chorar, tirar onda ou servir de mote para a piada alheia.

É apenas um belo e divertido esporte.

Fazer do futebol motivo de vida ou morte, ódios e inveja é, sim, uma baita ignorância.

Ou bandidagem explícita que deveria ser coibida e punida, com rigor.

Isto posto, esclareço que raramente tenho tratado de futebol no Blog por razões simples.

Tem muita gente fazendo isso. Na TV, no rádio, nos portais, nos blogs, nas redes sociais, jornais, revistas e congêneres.

Todo mundo tem opinião pra tudo. Ex-jogadores, ex-técnicos, jornalistas, não-jornalistas que se imaginam como tal e outros tantos e tamanhos.

Falam que falam que falam…

E decididamente – salvo o pessoal que dá duro na reportagem – acrescentam pouquíssimo – ou nada – ao que acontece nos gramados.

Meu caro Railsson, uma curiosidade.

No início da minha carreira, pensei que seria “cronista esportivo”, como se dizia então.

Era fanzaço do Ary Silva, Carlos Aymard, Alberto Helena Jr, Sérgio Backlanos, Armando Nogueira e outros ícones da profissão.

Cheguei a trabalhar um tempo como repórter e assinei uma coluna chamada Toque de Bola . Por bons anos, fui sócio da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo, número 637 e cousa e lousa e mariposa.

Mas, lá pelas tantas, me dei conta que gosto mesmo é de ser torcedor do Palmeiras e da seleção… da Itália.

O resto é puro cascatol que resolvo na mesa de algum boteco, rodeado de amigos de fé, irmãos, camaradas.

Sou daqueles que ainda resistem:

Ódio eterno

Ao futebol moderno.

Imagino o futebol como arte, improviso, habilidade, festa. Não o supervalorizo como ciência (coisa tão em voga entre a nova e não-tão-nova geração de jornalistas esportivos).

Acho que o VAR veio apenas para ‘institucionalizar’ os equívocos de arbitragem. Prefiro errar sozinho que em bando. Aumentam as suspeitas – e o ideal seria que tudo no futebol se resolvesse dentro das quatro linhas.

O resto é modinha. Pros ‘nutellinhas’ da hora

Vez ou outra, quando encontrar uma boa história, continuarei a dar meus pitacos futebolísticos no Blog. Em Copa do Mundo ou quando um fato maior se apresentar.

No mais, continuo apaixonado pelo esporte.

Lamento profundamente o que aconteceu com a esposa do jogador Bruno Henrique após o jogo de ontem em Curitiba (lugar de malfeitores é na cadeia).

Vou torcer pelo Grêmio na quarta e, sobre Jorge Jesus, pego emprestado a frase de Renê Simões sobre Neymar e digo: “estamos criando um monstro”.

 

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