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O Brasil e a Copa América

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Não se iludam com o sensível registro fotográfico da jornalista Jô Rabelo feito nos idos do Mundial de 2014.

Hoje teremos um papo reto e direto.

Vou chover no molhado.

Bater na mesma tecla.

Dizer o que muitos jornalistas já estão dizendo.

Mas, é necessário:

“Não é hora de Copa América no Brasil – ou em qualquer país  da América Latina.”

Simples assim.

O momento é de união de esforços sim, mas para o combate a crise sanitária da pandemia que hoje vivenciamos e suas trágicas consequências.

Perdoem-me o assombro.

Mas, não dá para escapar ao óbvio.

É estarrecedor o mero cogitar de tal hipótese.

Motivos?

Vamos nos aproximando do meio milhão de mortos por Covid-19.

A pandemia, dizem, caminha para a terceira – e mais devastadora – onda.

(No meu modesto entender, vivemos, desde o início e por negligência generalizada, um incontrolável tsunami. Os números de atingidos só aumentam.)

A CPI do Covid aí está e, mesmo aos trancos e solavancos, mostra a negligência do nosso eleito (pois é, eleito e militarizado) desgoverno.

Um dos principais jornais do mundo, o ‘esquerdista’ New York Times traz em reportagem a desfaçatez com que as autoridades federais trataram – e tratam – o problema.

(Leia AQUI)

Temos a volta da espiral inflacionária, milhões retornaram à miséria extrema, ao desemprego, à falta de pão e teto…

A educação sucateada.

A cultura marginalizada.

A boiada à solta à devastar o meio-ambiente.

O mundo a nos olhar com horror e… desprezo.

(Somos um manancial de cepas e variantes.)

E qual a resposta que nos dão?

O Brasil vai ser a sede da Copa América.

É estarrecedor!

Perverso!

Um tanto mais de circo quando hoje nos falta o pão, o teto, o leito hospitalar, a vacina, o amparo…

O Chile foi o primeiro a abrir mão da encrenca.

A Argentina não quis (por causa do recrudescimento da Covid).

A Colômbia refutou (pela Covid e a turbulência social).

Mas, aqui…

Aqui, cogita-se!

É outro – e ignóbil – patamar.

Trágico e desumano.

Vou lhes dizer, amigos:

Não acredito em salvadores da pátria, em partidos e/ou ideologias.

Lá atrás, no que hoje me parece o mais antigo dos anos, imaginei ser possível vivermos aqui, no tal País do Futuro, a construção de uma sociedade contemporânea, onde o respeito entre os homens prevaleceria junto com a justiça social, a diversidade e o direito cidadão. As instituições se fariam representativas e fortes na defesa de cada um e de todos.

Tem nome essa miragem: democracia plena, que se pautasse pela dignidade ao ser humano.

(Talvez ainda acredite – ou gostaria de acreditar -, pois sou da paz e da esperança.)

Essa sociedade, meus caros, pode existir se todos nos fizermos solidários e partícipes.

Não será com ódio, armamentos, violência, devastação ambiental, negacionismo e estupidez.

Parece que perdemos o prumo e o rumo.

Ontem, aqui publiquei uma passagem do Evangelho: Maria Encontra Isabel

Fiz a postagem porque acredito piamente que precisamos de um novo começo.

Mais fraterno, desprovido de ostentação e egoísmo.

Justifiquei assim minha escolha do texto:

“Mais do que nunca precisamos acreditar em dias melhores. Ter fé, atitude e coragem…”

No WhatsApp, o amigo Tarquini achou “bonita” a postagem.

Acrescentou, porém, um oportuno adendo:

“Estamos precisando ter fé, atitude e coragem… E, ainda, uma boa dose de vergonha na cara…”

Endosso e dou fé!

 

 

 

 

 

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