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A Copa e os árbitros

Fosse eu o assoprador da latinha, não teria dado o pênalti em Robben que Sua Sa., o árbitro do jogo Holanda e México, apitou nos últimos instantes do jogo de ontem, pelas oitavas do Mundial.

Minutos antes, Robben já havia simulado algo parecido, numa jogada próxima à linha de fundo. Lembram-se? O zagueiro mexicano já estava no solo e o atacante holandês procurou o impacto com suas pernas para ‘mergulhar’, próximo à risca da grande área.

Adivinhe qual a intenção?

Desconfio que o “azougue laranja“ já estava com esse barulho na cabeça (cavar uma falta dentro da área) desde o pênalti que existiu no primeiro tempo e Sua Sa., o árbitro, não marcou na área do México em cima (ou melhor, embaixo) do próprio Robben (Aliás, acrescento que. junto com o menino James, da Colômbia, os dois são os melhores da Copa até aqui).

A pancada foi tão forte que o zagueiro mexicano Hector Moreno quebrou a perna no lance. Foi doído vê-lo tentar se levantar, firmar o pé no chão, não conseguir e cair de novo.

Lance de jogo.

Assim se escrevem as pequenas grandes tragédias do futebol.

II.

A Copa está emocionante – não há como discutir.

Uma das raras coisas negativas que vejo é a arbitragem.

Sei que o ofício é difícil, ingrato. Ainda mais com os tais avanços tecnológicos que tudo veem, que detalham todos as nuances.

Mas, confesso que, por vezes, penso que os árbitros colaboram. Andam confusos em seus critérios ou é proposital por alguma razão que não sei explicar? Além da mixórdia que fazem com os cartões, conversam muito quando não é para conversar. Mostram-se complacentes, compreensivos. Na jogada seguinte, são rigorosos e avermelham o boleiro quando um amarelo seria suficiente para por a casa em ordem.

E não haveria a interferência no placar.

III.

Aliás, as duas penalidades (a que foi dada, ao meu ver erroneamente; e a que não foi) são emblemáticas desta falta de noção. Na primeira, o choque foi descarado a ponto de haver fratura em um dos jogadores envolvidos. No segundo, é discutível a ação do avante que se projeta espalhafatosamente no gramado.

Enfim, como se diz pela aí, erros (ou equívocos) dos juízes fazem parte do futebol.

E segue o jogo…

Que venham novas emoções.

IV.

Pior que os árbitros em campo, são os árbitros aposentados fora dele, e com o microfone em punho. Nós, que já os conhecemos de tempos idos, quando estavam em campo e erravam pra caramba, agora somos obrigados a ouvi-los em tom professoral, usando e abusando dos lugares comuns e do corporativismo… Lamentável.