Sign up with your email address to be the first to know about new products, VIP offers, blog features & more.

A tal coreografia

Tenho pouco a lhes dizer sobre o maior ídolo pop do Planeta Azul.

Michael Jackson.

Pertenço à minoria que nunca se empolgou diante da dancinha, aquela do clip famoso e, ainda hoje, imbatível.

Acompanhei à distância a todos os altos e baixos da vida do moço.

Meus ouvidos, acostumados a ouvir caetanos, gils, tins e bens e tais, sequer se abalaram diante das estripulias sonoras do rapaz.

Vou ser sincero. Sou das antigas.

Achava nada a ver aquelas meias brancas e sapatos pretos.

Desculpem.

Sem noção falar dessas coisas nessa hora.

Agora, isto posto e ainda no campo da sinceridade, confesso que tomei um baque quando soube da notícia.

Não sei explicar o porquê.

Talvez o post tenha implícita essa finalidade.

O amigo me deu a notícia em meio a uma conversa corriqueira, ao telefone.

Assim que terminamos, acessei o UOL e lá estava a confirmação.

Fiquei triste.

Acho que “viajei” na insignificância da vida humana.

Em nossa transitoriedade.

Pensei nas delícias da fama, nos milhões de dólares, nos tapetes vermelhos que lhe estenderam vida afora desde que, ainda criança, explodiu como fenômeno da então próspera indústria fonográfica.

Claro que me lembrei das bizarrices que aprontou.

Me perguntei se foi feliz, mesmo que à sua maneira – ele e tantos outros que embarcaram na onda da mitificação, de ser uma celebridade.

Morreu sozinho.

Então, alguém, aqui do lado, sem saber sobre o que eu escrevia, fez a tal coreografia, aquela dos passinhos para trás.

Todos rimos cerimoniosos, e reverentes à indiscutível genialidade.

Percebi que a vida é mesmo inelutável.

E que o cara, enquanto esteve por aqui, deu o seu recado.

É o que vale…

FOTO NO BLOG: Jô Rabelo