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C’est la vie…

Essa história de blogar diariamente tem dessas…

Não sei se já lhes contei aqui.

Se contei, vou deixar o dito pelo não-dito, e conto de novo.

Certa vez entrevistei o então governador Orestes Quércia que me disse já ter visto de tudo em política. Por isso, se alguém lhe dissesse que uma cobra estaria voando, ele acreditaria. Vida afora, lembro essa historinha porque, do jeito que o mundo anda, as coisas sempre nos surpreende. Para pior.

Não sempre. (Que vale ser cético no pensamento – e otimista na ação.) Mas, muitas vezes.

No jornalismo, então, nem se fale…

Lembro do dia em que a repórter voltou indignada àquela velha redação de piso assoalhado e grandes janelas para a rua Bom Pastor. O entrevistado – um “doutor” formado em Seiláoquê em Nãoseionde e dono de uma cadeia de lojas de móveis – ostentava o anel de formatura e lá pelas tantas inverteu as funções e perguntou a moça:

— Você estudou até que ano mesmo?

No que ela respondeu, ele fechou questão sem perder a pose:

— Não parece…

Resolvi lhes postar essa história por dois motivos.

O primeiro é o email que recebi de um querido amigo. Uma verdadeira aula do que é a essência do fazer jornalístico em uma frase.

Aspas para ele:

“Na verdade, temos de refazer, diária e diuturnamente, o exercício da humildade em nome da sanidade e da prática honesta daquilo em que acreditamos. Não é fácil, Cést la vie – pas rose”.

Por outro lado, e para animar a festa, como diria Benjor, preciso lhes dizer que ontem tive momentos preciosos. Ao participar da entrevista com a cantora Alaíde Costa, ao lado dos amigos e professores Antônio Andrade e Alcides Martins e da estudante Vanessa, de Rádio e TV. E, depois logo em seguida, outros alunos me procuraram para conversar sobre a genialidade de Fernando Faro, diretor, produtor e dos grandes agitadores da MPB.

Revivi, nesses dois instantes, o cronista musical que nunca deixei de ser – e fiquei tão feliz. Que pus a cantarolar, como a há muito não fazia, um dolente samba-canção de Chocolate:

“Saudade, torrente de paixão
Emoção diferente
Que aniquila a vida da gente
Uma dor que não sei
De onde vem”