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Microempresário terá mais empréstimos

Olha aí uma boa notícia, daquelas que custam aparecer nos jornais. O Governo está anunciando que vai facilitar a vida do microempresário — e não é apenas porque virou o ano e chegamos ao enigmático 2000. Sem quaisquer pompas e circunstâncias, anunciou mudanças no Programa de Geração de Empregos e Renda, que prevê financiamentos para micro e pequenos em empresários, profissionais liberais, autônomos e recém-formados. A proposta é diminuir o valor da garantia para o financiamento (que era de até 200 por cento sobre o valor do empréstimo para 20 por cento) e a ampliação do prazo de pagamento de 38 para 60 meses. Isto posto, vamos ao requisito básico. E aos poréns.

Os candidatos têm de usar o dinheiro para iniciar ou investir no crescimento do próprio negócio. No entanto, vale ficar atento, pois a ampliação do prazo para 80 meses deve ser anunciada nos próximos dias. Já a diminuição do valor da garantia só ocorre depois que o Carnaval passar, mais precisamente a partir de abril quando passa a operar o Fundo do Proger. O Funproger vai servir de reserva para cobrir as eventuais inadimplências em até 80 por cento. O Governo acredita que, ao diminuir o risco do calote, os bancos ficarão sensível a aprovação de um número bem maior de propostas. E é bom que assim seja.

Os números de 98/99 não foram nada alentadores. O Centro de Solidariedade ao Trabalhador é um exemplo da dificuldade que enfrenta o microempresário. O Centro orienta os projetos para o Proger, mas pouco ou quase nada consegue. Dos 4 mil inscritos na entidade apenas 50 conseguiram financiamento durante o biênio. Em outra entidade, o Sebrae paulistano, o índice de aprovação é de 34 por cento. De mil projetos apresentados, passaram 340. Tanto a Caixa Econômica Federal quanto o Banco do Brasil não confirmam levantamento global. Mas, a Caixa garante que avalizou 4.123 operações e o BB fechou o ano com 10.786 financiamentos. Quem procura o Proger costuma queixar-se da burocracia que emperra todas as negociações. Mas, o que pega mesmo é a garantia de que o banco não vai perder dinheiro. Um deles foi bem enfático ao afirmar: para os bancos, não adianta ter boas idéias se não houver garantia. Vamos ver se, desta feita, o Governo cumpre o que promete…