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O apagão na Europa, o celular e o chapéu do meu avô Carlito

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Foto: Arquivo Pessoal

Então, houve um apagão daqueles ontem em áreas da Europa – e os galegos entraram em pânico.

Pelo que ouço e leio hoje nos portais, eles continuam apreensivos.

_ Qual será o próximo?

Espanha e Portugal foram as regiões mais afetadas, mas sobrou também para cidades da França e da Alemanha.

Soube que autoridades da Espanha chegaram a pedir à população “moderação” no uso do celular.

Queria, mas não pude me aprofundar no tema.

Logo soou, no meu telemóvel, o alerta de que alguém gostaria de falar comigo.

Ô coisa rara!

Olhei no visor e vejo lá que o número é daqueles que começam com 3030.

Boa coisa não deve ser, nunca é.

Não atendo a essas chamadas e a outras tantas (que nos chegam com o oportuno aviso: Suspeita de Fraude).

Não atendo a números desconhecidos que não constam na minha agenda de contato.

Não atendo, pronto.

Por favor, quem não estiver listado, não insista.

A bem da verdade, vale a ressalva:

Não lembro a última vez que conversei com alguém no celular.

Todas as conversas/encontros rolam via WhatsApp – e olhe que não me faço tão presente assim aos bate-papos.

De qualquer forma, falando ou não, querendo ou não, eu e o Planeta andamos cada vez mais dependente do celular.

Não me orgulho, mas…

… leio, escrevo, pesquiso, informo-me, confiro meus emails e mensagens, oriento-me no trânsito, coleciono fotos antigas, distraio-me com vídeos e lives (os mais variados e imprevisíveis), ouço música, socializo com os amigos e conhecidos pelo zap (prefiro o texto aos áudios) e, entre tantas e tamanhas, faço comprinhas também.

Há alguns meses, encontrei um chapéu Ramenzoni igual ao que o meu avô Carlito usava. Comprei num impulso. Não me arrependo, foi nostalgico e tal; mas, confesso, ainda não tive coragem de usá-lo.

Eita…

Tantas coisicas que a engenhoca nos oferece.

Mas, a que custo?

Ainda não sei..

Desconfio que ninguém sabe ao certo.

Mas, que tem gente maquinando algo para tirar proveito da nossa megadependência, ah!, isso eu não tenho dúvidas.

O mundo sob nosso olhar na palma das nossas mãos.

O mundo, sem controle.

Na base da emoção. Para o bem ou para o mal.

Quem não se comunica – dizia o Velho Guerreiro – se estrumbica.

E vida que segue.

Até o próximo apagão.

(Enfim, e por fim, prometo desligar o aparelho, assim que terminar de escrever e postar o texto de hoje.

A bateria está acabando.)

1 Response
  • Analy
    29, abril, 2025

    Minha mãe trabalhava lá quando solteira. A dificuldade era tanta que na marmita era pão com catalônia todo santo dia. Casou e saiu do trabalho. O lanchinho era a lembrança de tempos mais difíceis mas não menos felizes.

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