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Um dia qualquer (3)

O mundo é grandee cabe
nessa janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
No breve espaço de beijar.

II.

Trago-lhes a poesia de Carlos Drummond de Andrade (O mundo é grande) para saudar os dias de Primavera que hoje se iniciam.

Aproveito o ensejo para fechar o ciclo das crônicas Um Dia Qualquer (um e dois) com outrio poema, também de Drummond.

Chama-se Amor que, de forma involuntária – até porque uma Primavera é mais florida que a outra – reproduz um tantinho a história de Naná e AC:

O ser busca o outro ser, e ao conhecê-lo
acha a razão de ser, já dividido.
São dois em um: amor, sublime selo
Que à vida imprime cor, graçaq e sentido.

*

“Amor” – eu disse – e floriu uma rosa
embalsamando a tarde melodiosa
no canto mais oculto do jardim,
mas seu perfume não chegou a mim.

III.

Um adendo:

Os poemas estão niolivro “AMAR se aprende amando”, de Carlos Drummond de Andrade.