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Confissões à mesa de bar

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Dois amigos se reencontram depois de longuíssimos anos distantes, e a conversa, bem…

A conversa vocês leem a seguir:

–  Talvez, eu devesse lhe falar da Marlene, lembra?

– Você quem sabe, responde o outro.

– Eu nunca a esqueci. Tinha uma beleza exótica. Pele clarinha, todos cobiçavam, lembra?

– Lembro, sim. Ainda não cheguei ao tal estágio da PTM.

– PTM?

– Perda total de memória.

– Pois é… Vou lhe confessar, tivemos um romance…

– Um romance, não. Um caso, um enrosco, uma pegação…

– Ué, como você sabe?

– Todos na empresa sabiam.

– Não?

– Sim.

– Não acredito.

– Pois acredite… Inclusive, o chefe dela. Aquele que não ia com a sua cara, e você não sabia o motivo. Pronto. Agora sabe…

– Perdi o chão agora.

– Não se aflija. Melhor perder o chão agora do que o emprego naquela época. Para variar o país estava em crise do pós cruzado, aquele plano econômico, o desemprego era grande.

– Sabia que todo aquele ódio não era em vão. Mas, nunca desconfiei que era por causa da Marloca, beijos quentes…

– Que ele também cobiçava. Aliás, como você bem disse, todos a desejavam. Devia desconfiar.

– Eu perdi a noção. Também pudera… Ela me enlouquecia com…

– Sei bem, linda, pele clara, beijos quentes etc etc.. Agora me poupe dos detalhes mais íntimos. Seria deselegante.

– Entendo. É que todos diziam coisinhas sobre a Marlene na minha frente. Pensei que não sabiam que nós…

– Somos cruéis quando jovens com as nossas gracinhas. Perdemos o amigo, mas não a piada.

– Uma pergunta. Por acaso, assim, tanto tempo depois, você sabe por onde ela anda. Tem notícias dela?

– Hãhã. Vou lhe contar a Marloca não ficou nada bem depois que você se mandou para tentar a vida na Nova Zelândia.

– Austrália. Jura? Que bom. Estou de volta, né?

– Parece que sim, não?

– E aí você sabe dela. Continua linda e…

– Sim, todos esses anos só lhe fizeram bem. Eu a vi ainda hoje.

– Nossa! E aí… Conta, conta, onde ela está…

– Temos uma casinha lá na Marambaia.

– Temos?

– Sim casamos meses depois que você partiu.

– Como assim?

– Assim. Naturalmente. Ela precisou de um ombro amigo.

– E você se prontificou.

– Fazer o quê? Era uma choradinha e uma trepadinha, uma choradinha, outra trepadinha…

– Canalha!

– Não, nunca. Quando o chororô acabou, casamos.

 

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