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O Menino e o Rei

Então, Bê, posso lhe contar uma brevíssima história?

Quer ouvir?

– É da Copa do Mundo, tio?

É sim, Bê. Mas não exatamente desta Copa que hoje vemos na TV. De outra que aconteceu há tempos atrás…

– Ah! Que legal! Gosto de Copa do Mundo, gosto de jogar futebol. Meu primo grandão falou que, quando crescer, vou ser igual ao Cristiano Ronaldo. Melhor que ele…

Tomara, moleque, tomara…

Mas, quero lhe falar, de um outro craque. Ele foi melhor que o Cristiano Ronaldo, acredita?

-Melhor que o Messi?

O melhor de todos os craques que já entraram em um campo de futebol.

Seu nome: Edson Arantes do Nascimento. Nasceu em Três Corações, Minas Gerais, Brasil – e hoje é um vovozinho de 78 anos.

– Não acredito. Ele fazia gol de falta? De cabeça? De pênalti? Chutava assim forte com a perna direita, com a perna esquerda… Assim ó… Igual ao Cristiano Ronaldo, igual eu?

Calma, rapaz, assim você bagunça a sala da vovó com essa bola colorida.

II.

Vou lhe contar…

Este 19 de junho é uma data mais do que especial para o futebol de todos os tempos.

Acredite?

Há 60 anos, num reino distante e gélido, chamado Suécia, o Planeta Bola viu nascer o Rei dos Reis.

– Jura?

Juro.

Ele era um garoto quase assim como você. Um tantinho mais velho. Tinha 17 anos e o apelido curioso, Pelé. Fazia sua estreia em mundiais quando o menino marcou seu primeiro gol no torneio, diante de embasbacados defensores da seleção do País de Gales, encaminhando, desta forma, a classificação da seleção brasileira para as semifinais da Copa do Mundo.

Este gol, molecão, você pode ver no YouTube. Procure aí no tablete. Tá liberado… E verá Pelé franzino, algo tímido, receber um passe de cabeça do armador Didi, matar a bola no peito, dar um leve toque por cima do marcador e, sem deixar a redonda cair, chutar no canto direito do goleiro galês.

Pobre gringo foi parar fora de campo, longe das balizas que defendia.

III.

Sabe, Bê, naquela época, eu tinha exatamente a idade que hoje você tem. 7 anos.

Fiquei assustado com a festa que o pai e os amigos italianos fizeram comemorando aquele inesperado gol.

Estavam ao redor de um aparelho de rádio. E o locutor da partida não cansava de gritar:

“Gooool. Goool. Goool… Goool de Pelé!”

– Não tinha TV não, tio? Tô achando estranha essa história. Porque não estavam vendo o jogo pela TV? Não entendi. Mente pra mim não, tio.

A TV existia, bonitão, mas não transmitia os jogos. Isso só aconteceu muitos anos depois em 1970, quando Pelé se consolidou como Rei do Futebol. Primeiro e único.

Mas é uma outra história. Depois lhe conto…

IV.

Por enquanto, quero apenas que você guarde este nome, Pelé. Rei Pelé!

O Brasil sagrou-se campeão mundial pela primeira vez naquele ano, 1958.

E o futebol nunca mais foi o mesmo desde então.

Naquele 19 de junho, nasceu o Rei.

Deus salve o Menino Rei!!!

V.

– Sei não, viu…

Veja no You Tube, então. Sabe escrever? Tecla aí… Pelé e tire a prova…

-Vou ver, vou ver… Só mais uma pergunta: tem certeza que o Pelé era melhor que o Cristiano Ronaldo? Não sei não, viu…

 

*(foto: reprodução)

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