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É censura – e ponto

A jovem senhora diz estar “apatetada”.

A definição é dela – jamais diria que uma jovem senhora apatetada está.

Aliás, insisto no ‘jovem senhora’, pois nunca se deve dizer que idade aparenta uma mulher.

Enfim, sigamos…

O ‘apatetamento’ – me conta ela – se dá por conta da “decepção” que seus ídolos maiores lhe deram – e citou Caetano, Gil, Chico, Djavan “que é tão lindinho”.

— Roberto, não, porque sempre o achei fraquinho das ideias.

Ela fala desta queda de braço entre os tais e os livreiros na discussão das biografias, se devem ou não ser autorizadas pelo biografado. Assunto que alcançou ampla repercussão na mídia nas últimas semanas.

– Isto é censura, me diz a moça.

Ontem, ela assistiu ao Programa do Jô, e o assunto veio à tona na conversa que o apresentador teve com as jornalistas Ana Maria Tahan, Cristina Serra e Lilian Witte Fibe. Disse que aplaudiu de pé – mesmo sozinha em casa – as críticas que fizeram as “meninas do Jô”.

— Ele tentou amenizar, dizendo que foi um deslize, que não houve má fé; mas, elas bateram forte. É censura – e ponto.

Legal que as pessoas estejam discutindo liberdade de expressão e direito à privacidade, digo sem muita convicção. Até para encerrar o assunto que, para ser sincero, não me agrada nem um tantinho. Assim como ela, fiquei apatetado quando cheguei de viagem – e soube desse risque e rabisque. Caetano, sempre soube, gosta de uma polêmica. Mas, Gil e Chico sempre se posicionaram, com clareza, na defesa dos direitos democráticos.

A jovem senhora não perdoou a deixa.

E me cobrou, via blog, uma posição sobre o tema.

— É o tema do momento. O que você acha?

A bem da verdade, o blog já se manifestou sobre o tema no post “Escova, o biógrafo”, publicado no dia 16.

Eu pessoalmente acho que é censura – e ponto, como ela mesma bem ressaltou.