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Felipão, Leão e Tite

Vi a entrevista de Luiz Felipe Scolari na mesa redonda de domingo à noite na TV Gazeta.

Felipão estava bem à vontade.

Em linhas gerais, disse que pretende ficar até o fim de seu contrato no Palmeiras.

Foi o que planejara quando voltou do Exterior, que a mulher e o filho mais velho deram o contra, mas o garotão mais novo e ele decidiram por voltar ao clube paulistano.

Seu contrato, vai até dezembro, que muita água vai rolar e, hoje, nem ele, nem o Palmeiras pensam na continuidade do projeto.

Até porque, frisou, haverá eleições em janeiro no Palmeiras – e não se sabe quem será o futuro presidente.

Tudo numa boa…

Para quem esperava que Felipão estava pelo pescoço com o complicado dia-a-dia palestrino e que, a qualquer momento, o técnico poderia pegar o chapéu, uma surpresa: Felipão fica até dezembro, aconteça o que acontecer.

Na mesma noite, depois da boa entrevista, abro a internet e, pasmo, vejo a repercussão das declarações nos portais noticiosos:

FELIPÃO ESTÁ FORA DO PALMEIRAS EM 2013

Em um primeiro momento, estranhei a opção dos coleguinhas.

Depois, como velho repórter que sou, achei natural a pegada.

Não teria impacto algum escrever que, apesar de todos os revezes, reina certa tranqüilidade no Palmeiras. Que, aliás, sempre foi um clube de muito diz-que-diz.

Além do que, nas redações, é comum estigmatizarmos personagens do mundo da bola.

II.

Querem outro exemplo?

Leão sempre foi uma figura polêmica. Tanto quanto jogador de futebol, e principalmente como técnico.

Mesmo agora quando ele se diz numa fase “paz e amor”. Vide o lamentável episódio Paulo Miranda.

Concordo que muitas vezes eu me perco em seu vocabulário pretensamente rebuscado, de exemplos e figuras de linguagem.

Mas, vejam…

Desde que chegou ao São Paulo falam da demissão.

Ainda ontem ouvi entrevista na Rádio Bandeirantes em que o repórter Alexandre Pretzel tentou emparedá-lo, dizendo que ouvia pelos corredores do Morumbi que sua demissão estava próxima.

Não foi uma abordagem simpática, diria.

Repórter, é bom que se diga, não tem obrigação alguma de ser simpático, concordo.

Mas, o questionamento também não trouxe qualquer novidade a tudo o que se ouve e sabe e, infelizmente, é comum nos bastidores de um clube de futebol.

III.

Em contrapartida, temos hoje o Tite, técnico do Corinthians, como o “queridinho” da rapaziada. Reparem como a rapaziada põe pilha em suas viagens retóricas.

IV.

Por essas e por outras, lembrei o grande Dadá Maravilha.

No mais antigo dos anos, em um jogo em que o Atlético Mineiro encontrava alguma dificuldade, um repórter perguntou a ele à saída do gramado, no fim do primeiro tempo:

— Dario, qual é a problemática do jogo de hoje?

No que Dadá, gozador que só, não perdoou:

— Não sei nada da problemática. Meu negócio é a solucionática…

Truco!

V.

De qualquer forma, é bom que Felipão, Leão e Tite encontrem a solucionática para os jogos decisivos de hoje à noite.

Caso contrário, amanhã, não haverá pauta que os segure…