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O futuro do jornalismo 3

"O jornalismo impresso precisa
reinventar seu destino" – Clóvis Rossi.

Vamos discorrer hoje sobre a afirmação
do colunista da Folha de S. Paulo.
Um dia antes de entrar de férias,
em 26 de novembro, este foi o tema de
sua coluna diária, na página 2 do jornal.
O mesmo espaço que, durante longos anos,
foi ocupado brilhantemente pelo
jornalista Cláudio Ábramo, falecido em 1994.

Trata-se, portanto, de uma coluna
nobre da imprensa brasileira.
Por isso, o que ele escreveu
vale um tempo de reflexão
neste nosso modesto cantinho…

II.

Como de costume e oportunamente,
o jornalista elencou informações relevantes:

– a crise financeira que os jornais atravessam;
– a concorrência com os meios eletrônicos
(rádio, TV e agora a net);
– a consagração da notícia de ontem;
– as previsões de um estudioso americano;
em 40 anos, babau impresso!!!
– a campanha em prol da mídia impressa
independente que ensaia-se realizar na França…

Rossi chega mesmo a se comparar
com um mico-leão-dourado,
visto ser o jornalista de impresso,
"uma espécie em vias de extinção"…

III.

A propósito da citação do especialista
americano, consultei meus arquivos —
hehehehe, às vezes dá certo — e encontrei
uma entrevista de um jornalista
americano John S. Driscoll à própria
Folha de S. Paulo, em agosto de 1999.

Não sei se é o nome citado por Rossi,
Mas, Dricoll também estuda o assunto.
Ele é (ou era na ocasião) editor-residente
do Laboratório de Mídias do MIT
(Massachusetts Institute of Technology)
e conversou com o repórter João Batista Natali
sobre "a sobrevida da mídia impressa".

Transcrevo a seguir alguns trechos
da entrevista. Creio, são pertinentes.

FUTURO – "Haverá jornais impressos nos
próximos 20 anos, mas qualquer prognóstico
posterior será pura adivinhação (…)
A meu ver, a tendência nos Estados Unidos
é de que haja um número menor
de jornais diários nos próximos anos."

CONVERGÊNCIA DAS MÍDIAS -"Alguns
acreditam que toda a mídia está convergindo
para um único meio – o computador.
Isso, a meu ver, não faz sentido.
O que faz sentido é ter sempre
ao alcance o meio adequado.
O rádio é insubstituível para o motorista."

NEGÓCIO – "Um jornal mais pobre
terá menos repórteres, menos fotógrafos,
menos comentaristas. Um site mais pobre na internet."

PREVISÃO – "As fronteiras entre o papel
e acomputação estão se diluindo."

UNIVERSIDADE – "Creio que devemos ter sonhadores
em nossos quadros (de jornalistas). As empresas não
podem admitir fracassos. A universidade pode."

IV.

Amanhã eu comento…