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O novo ‘novo jornalismo’

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Registro – e agradeço – o recebimento da Revista de Jornalismo da ESPM – Edição brasileira da Columbia Journalism Review. Foi uma deferência do amigo, jornalista e professor Jorge Roberto Tarquini, com quem tenho a honra de trabalhar aqui, na Universidade Metodista, e que também pertence aos quadros da Faculdade Cásper Líbero e da própria ESPM.

Na publicação, Tarquini assina ao lado do jornalista Ricardo Gandour uma bela entrevista com Steve Coll, diretor da Columbia Journalism School. Coll fala sobre os desafios da reportagem em tempos de algoritmos e antagonismo político, entre outros temas do momento.

Tomo a liberdade de transcrever abaixo a resposta à primeira pergunta feita pelos jornalistas brasileiros: “o que mudou na forma de fazer jornalismo? ”

“Foram duas mudanças significativas: na maneira como a notícia é distribuída e na estrutura da informação. Ambas impuseram um grande desafio ao jornalismo. A primeira tem a ver com o poder que as redes sociais assumiram na distribuição da mídia em vários países. Isso fez com que jornais, revistas, rádios e emissoras de TV perdessem muito do controle na distribuição do seu conteúdo. Os jornais costumavam controlar seu relacionamento com os leitores a ponto de eles saírem para comprar os jornais nas bancas! Agora eles dependem de plataformas como Facebook, Snap ou You Tube para falar com o seu público. Além do impacto econômico, isso mudou a maneira como as companhias desenham o conteúdo da notícia”.

“ (O impacto da mudança na estrutura da informação) É mais positivo e, possivelmente, de efeito mais duradouro, pois tem a ver com a estrutura que a informação passou a ter com o advento do Big Data e o uso de softwares baseados em algoritmos capazes de processar imensos volumes de dados. Isso impactou diretamente o jornalismo investigativo, em projetos como Panama Papers – mudando a forma de como o jornalismo é feito, com aumento da colaboração entre as organizações de mídia. Houve investigações que foram feitas por até 60 veículos em conjunto, todos guardando os mesmos segredos e publicando ao mesmo tempo. Isso era algo impensável dez anos atrás. Outro aspecto são os jornalistas colaborando com cientistas da computação e de dados para o bem público (…) Uma das novidades mais fascinantes na profissão nos dias de hoje”.

*A Revista de Jornalismo ESPM é uma publicação semestral da ESPM, com conteúdo exclusivo da Columbia Journalism Review. Confira: revista@espm.br

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