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O título que realmente vale…

01. Perdemos a Copa, mas não o orgulho de ser brasileiro, certo?

02. O título do Mundial da França ficou merecidamente para os anfitriões organizadores da festa. Agora nos resta a obrigação de ficarmos atentos a outro título, o de eleitor. Com a mesma determinação e raça (ao menos por parte dos torcedores), vamos escolher em 4 de outubro um presidente, 27 governadores, 27 senadores, 513 deputados federais e 1059 deputados estaduais. É gente a beça para nos representar (leia-se defender nossos interesses) nos próximos quatro anos. Não é hora, portanto, de zagallear. Temos de convocar os melhores, impor as metas prioritárias e, posteriormente, cobrar-lhes uma ação decisiva em prol da bem comum.

03. Ainda nesta semana, o presidente Fernando Henrique Cardoso, falando como candidato à reeleição, anunciou para o próximo mandato (caso seja eleito) as mesmas reformas tributárias e políticas que na campanha anterior já anunciara. Argumentou que no atual mandato não foi possível realizá-las. Mas, que no próximo… Esqueceu de dizer que os dois primeiros anos de governo foram gastos num estóico esforço para aprovar a emenda da reeleição que, em primeira instância, beneficiou o próprio FHC e seus pares e aliados.

04. Pelos gramados de Paris, a bem da verdade, a seleção revelou algumas indefinições como o atual Governo. Tanto lá como cá, interesses outros, que não os nossos, falaram mais alto. Lá estavam a CBF (representada por seus dirigentes e pela comissão técnica) e seus patrocinadores, interferindo nas decisões, atrapalhando-se com cortes, convocações e declarações não raras vezes, demonstrando um absoluto descontrole emocional. Quantas vezes assistimos ao mesmo filme aqui. As cinco metas do Governo que elegeram FHC (Saúde, Educação, Habitação, Segurança e Emprego) foram preteridas por projetos pessoais (da reeleição, por exemplo), auxílio a banqueiros falidos, privatizações discutíveis e a consolidação de alianças eleitorais, antes inimagináveis. O objetivo de se perpetuar no Poder parece ser a prioridade mor. Danem-se nossos sonhos e anseios.

05. Mas, vamos em frente. A bola continua rolando no esburacado gramado da vida. Não é hora de amarelar. Nem esperar que urna convulsão social decida o placar final do jogo. Nesses meses que faltam para a eleição, vamos ponderar o que é melhor para todos nós…

06. Sobre o episódio Ronaldinho, algumas palavras: é dinheiro demais, pressão demais, procuradores e Ronaldinhas demais. Todos a dizer o que se deve e não deve fazer. A bem da verdade, é um peso extraordinariamente maior que pode suportar um garoto de 21 anos que só queria chutar uma bola, fazer gols pelo mundo afora e ser feliz…