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Travaglini

O que dizer do esportista Mário Travaglini que faleceu ontem em são Paulo, aos 81 anos?

Que foi campeão pelo Vasco, pelo Palmeiras, pelo Fluminense, pelo Corinthians.

Que foi o técnico da Democracia Corintiana.

Que foi o supervisor técnico da seleção brasileira no Mundial de 1978.

Que era um homem afável, conciliador e de bons princípios.

Gosto mesmo de lembrar o Mário que, vez ou outra, aparecia na sede do Clube Atlético Ypiranga para rever os amigos e o clube onde começou sua carreira no fim dos anos 40,

Ele era uma das crias de Francisco Minelli, técnico das categorias de base do clube que, à época, e até meados dos anos 50, participava do campeonato paulista e tido e havido como “Celeiro de Craques”.

Francisco Minelli era pai do técnico Rubem Minelli.

O Ypiranga – registre-se – é um dos clubes fundadores da Federação Paulista de Futebol.

Ali, nas dependências da rua do Manifesto, rodeado pelas diversas gerações de boleiros do CAY, Travaglini sentia-se em casa, confortável a contar causos do mundo da bola.

Humilde como poucos, jamais se fez protagonista de qualquer história.

“Futebol é association”, dizia.

O pai também falava assim.

"Futebol é association".

Os mais antiguinhos usavam várias expressões em inglês para comentar futebol. Goalkepper (goleiro), corner (escanteio), offside (impedimento), fall (falta) etc etc etc.

Influência da fase de implantação do esporte bretão no Brasil.

O pai faz tanta falta…

Homens como Travaglini, que prezam a sensatez, fazem uma falta danada ao futebol.

Descanse em paz.