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Velho e Leal, o bafão…

Ouvi dizer na Redação onde trabalhava…

Foi, como diria o cronista e escritor Carlos Heitor Cony, nos anos mais antigos do passado.

É a história de Velho e Leal, aquele que foi sem nunca ter sido, e hoje, creiam, continua sendo.

Velho, um ex-presidente sujeito a chuvas e trovoadas, retornou às lides políticas se elegendo prefeito da Metrópole.

Contrariou a tudo e a todos. Venceu o queridinho da modernidade – o sociólogo que mais tarde se fez presidente. Mas que, naquela ocasião, tomou uma tunda danada nas urnas da ala mais conservadora da política nativa.

Um retrocesso, diziam os espantados cientistas políticos.

Antes de desinfetar a cadeira de prefeito (“onde nádegas impudicas se assentaram”) e assumir as novas funções, Velho resolveu partir para merecido descanso em Londres, a cidade onde viveu no exílio e que lhe era preferida.

Por isso, naquela manhã, aconteceu uma movimentada sessão de beija-mão na área vip de um certo aeroporto, quando dali ainda decolavam voos internacionais.

Houve um bafão que me contaram e agora eu vou contar…

Estava tudo muito bom, estava tudo muito bem, até que o amigo Leal teve a sua presença barrada no local pelo próprio futuro prefeito.

Aos gritos e impropérios, Velho expulsou Leal da sala e das suas relações.

Todos se perguntaram o motivo de reação tão contundente.

Eram amigos de longa data, e parceiros em disputas eleitorais. Inclusive Leal fora coordenador e tesoureiro da campanha do Velho em importante região da cidade.

O que teria acontecido, todos ali se perguntavam.

A pergunta ficou sem resposta.

Na Redação, comentou-se o que era sabido.Velho tinha lá suas preferências: “destilados” e “em espécie”.

Como naquela manhã ele estava sóbrio, concluiu-se que Leal não fizera jus ao nome no segundo quesito.

Lembrei dessa história hoje, 1o de abril, o Dia da Mentira…

Embora Leal, verdade verdadeira, continue pela aí, todo pimpão e faceiro.