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Confusões pessoais e intransferíveis

Uma vez, no portão do prédio onde moro, a moradora recém-chegada me abordou simpática:

— Você é o marceneiro?

(…)

Em outra ocasião, há alguns anos, fazia o jornal da igreja São José, no Ipiranga. Todos os dias eu estava por lá. Entrava e saía, na maior. Uma tarde esperava o carro me ‘pegar’ para uma reportagem em frente ao santuário quando ouço a voz aflita de uma senhorinha, de cabelos brancos, brancos.

— O senhor é o padre?

(…)

Mais nos antigamentes ainda, quando eu era jovem e inconseqüente, não perdia um show de música popular. Ia em todos e mais alguns. Numa noite, fui ver o show do cantor/compositor Walter Franco no Teatro da Fundação Getúlio Vargas, lá na avenida Nove de Julho. Franco era tido como um compositor de vanguarda, de longos cabelos e idéias muito além de seu tempo. Era o que hoje chamam de “ícone” da intelectualidade.

Cheguei cedo ao teatro e resolvi fazer uma hora na padaria que ficava logo ao lado da GV – nem sei se existe ainda, faz tanto tempo que não passo por ali.

Não me dei conta. Mas, enquanto eu derrubava minha habitual coca-cola (naquele tempo, não havia light), o boteco foi lotando de gente. Todos mais ou menos perto de onde eu estava sentado; diria, alheio aos olhares e ao zum-zum-zum.

Vocês já devem imaginar o que aconteceu.

Alguém me confundiu com o artista e espalhou a novidade:

— O Walter Franco está na padaria…

Ninguém me pediu autógrafo – ainda bem!

Quando percebi o equívoco, resolvi pagar o refrigerante e sair de fininho.

— Deixa para lá, ó gajo, já está pago…

Foi o que ouvi do português da padaria.

(…)

Hoje recebo um email comovedor.

Leiam!

“Olá caro Mestre Rodolfo….
Bom, sabe como é….
Perambulando pelos sites da vida,
rs, olhe o que eu achei.

http://www.rodolfomartino.com.br/artigo.php?id_artigo=340

Meninas, tenho certeza que fizemos
a escolha certo quanto
ao orientador do nosso TCC.

beijos
Van “

Vocês devem imaginar.

Fiquei todo orgulhoso.

Corri para o link e acessei.

Quis ver o que de tão bonito havia escrito.

(…)

O site era o meu.

O texto que tocou a Vanessa, porém, era do meu amigo e jornalista Jorge Tarquini, e está disponibilizado na seção Uns e Outros.

Enfim…

Ao menos tenho bom gosto, e amigos notáveis.