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Fofocas de viagem

Viajar é bom demais.

Sei que as notícias não são lá nada alvissareiras – os aeroportos estão com atraso, as estradas prometem longos congestionamentos, o verão será chuvoso, o fenômeno La Niña promete aprontar por aqui, a Europa está sob intensa nevasca – e por aí vai.

Parece que o mundo está de ponta-cabeça – e conspira contra nós.

Sejamos otimistas, meus caros.

Devagar e sempre que as coisas se ajeitam.

Se pensarmos bem, logo chegaremos a conclusão de que todo o fim de ano é assim.

A vida em cacos e compras…

E fim de ano sem tirar o pé da cidade onde se mora, vamos combinar: não está com nada.

Mesmo que seja um bate-e-volta à Foz de Iguaçu já é um programa.

Ademais, adoro viajar até para aprender um pouquinho mais.

Até as fofocas quando se está fora ganham um peso histórico.

Querem saber alguns exemplos do que aprendi com o simpático guia José Hernandes em meu último devolteio por plagas européias?

A famosa princesa Sissi – eternizada no cinema por Romy Schneider – não amava a Hungria tanto assim, como é possível se constatar no filme e no imaginário popular. Ali viveu para escapar da sogra ranheta. A mãe do imperador Francisco José, poderoso senhor do Império Autro-Húngaro, ao que consta, não era fácil.

Outra de bastidores: o rei Eugênio de Savóia, famoso na Áustria, era filho bastardo de Luiz XIV, rei da França. Com amplas conquistas territoriais, fez enorme fortuna que, após sua morte, a sobrinha perdeu ao se casar com um jogador inveterado – e desastrado.

Mais: o Menino Jesus de Praga é venerado em todo o mundo; menos na República Tcheca. Lembra o período em que os tchecos, originariamente protestantes, foram submetidos pelos exércitos de Carlos IV, de Luxemburgo, e obrigados a assumir o catolicismo como religião oficial.

Para terminar, a constatação de que as águas do rio Danúbio só são azuis para quem está apaixonado, como Strauss ao compor a célebre valsa, ou bêbado como este modesto escriba estava no dia em que fez um passeio de barcaça.

Na manhã seguinte, ainda curtindo leve ressaca, caí na real: a coloração das águas é marrom acizentado, como qualquer outro rio barrento.

Em todo caso, melhor cair na real do que da ponte em que estava…