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Irmã Dulce, a santinha brasileira

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A mãe faria 95 anos neste sábado.

12 de outubro.

Data consagrada à Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

Lembro a Dona Yolanda e as amigas, em tempos idos, reclamarem nas conversas do fim de tarde que não havia sequer um santo brasileiro.

Para ser mais preciso, não eram reclamações propriamente ditas, e sim uma constatação. À qual, seguia-se uma lista de nomes de pessoas próximas e/ou distantes que, diziam as senhoras, tinham o chamado odor de santidade.

Quase todos os padres das paróquias das redondezas eram lembrados e citados.

Da minha parte, ainda que garoto, eu tinha lá minhas restrições à inclusão entre os candidatáveis do Padre João, da igreja Sant’Anna e São Joaquim, do Cambuci.

Ele era muito ranzinza.

A mãe ficou feliz que só quando lhe contei, em meados dos anos 80, que um amigo, o repórter Ismael Fernandes, descobrira que estava em andamento o processo de beatificação de Madre Paulina.

Contei a ela também, e todo orgulhoso, que a reportagem sobre o assunto sairia na próxima edição do jornal em que eu e o Ismael trabalhávamos e que o título era de minha autoria:

A Santinha do Ipiranga

Foi então que a Dona Yolanda me surpreendeu ao se mostrar bastante versada na área:

– Mas, a Madre Paulina é italiana de nascimento.

Verdade verdadeira.

A hoje Santa Paulina nasceu em Trento, no Veneto. Veio ainda jovem para o Brasil, Santa Catarina. Aos 19 anos, mudou-se, já como freira, para o bairro do Ipiranga em São Paulo e ali fundeou toda sua obra assistêncial e religiosa, criando a Congregação das Irmãzinhas de Maria.

Neste domingo, a mãe certamente estaria mais do que feliz. Acordaria bem cedo, faria o café forte do jeito que gostava e se poria diante da TV para ver a missa de canonização da baiana Irmã Dulce, rezada pelo Papa Francisco, “tornando-se assim a primeira brasileira nata a ser canonizada”.

Quando da beatificação de Irmã Dulce, em 2011, pelo papa Bento XVI, a Dona Yolanda colocou a baiana no rol dos santos de sua preferência. Para os quais, rezava todos os dias em agradecimento e também para pedir a graça de cuidarem dos filhos, netos e bisnetos. Pelos amigos e demais familiares.

Também rezava pelo Brasil que, desde sempre, “andava bastante precisado”.

Neste domingo, reforçarei essas preces. Em nome da Dona Yolanda, de todos nós e, óbvio, do Brasil que continua sem rumo e sem prumo.

Que Irmã Dulce, a santinha brasileira, nos proteja e guarde.

E que a Mãezinha de Aparecida nunca esqueça de nós.

 

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