*A título de curiosidade (talvez mais minha do que dos próprios leitores), procurei nos meus alfarrabios reportagem que fiz sobre as vicissitudes das enchentes paulistanas que fiz em meus anos de jornalismo.
Nos meus tempos de repórter ou mesmo como editor, nas redações por onde andei, perdi as contas das vezes que cobri as tais catástrofes tipicamente paulistanas causadas pelas chuvas na cidade e mesmo em seus arredores –
Das reflexões do garoto Domingos ao ver o pai e a mãe se separarem em meio à pandemia ao Dom Quixote pós-moderno que descobre que sua amada está prestes a se casar pelo Facebook. Da moça que foi morar na América e sente saudade de quem não deveria ao relato do amigo Nestor que se apaixonou perdidamente por uma mulher que nunca conheceu. Do bebum sonhador e suas divagações numa manhã de sábado aos amantes que resolveram dar um tempo e nunca mais se reencontraram. Do casal que namorava na varanda da casa nos idos do século 20 ao peregrino que se imagina dentro de um presépio em plena noite de Natal.
Eis o fio condutor que mistura realidade e ficção e amarra todos os personagens das oito históriasque compõem o décimo livrodo autor.
Dure o tempo que durar, o amor se basta a si mesmo.