Demorei a blogar neste domingo cinzento.
Por dois motivos.
O primeiro:
Finalizei dois artigos para a coletânea Filhos Professores (título provisório) que a Editora Longarina deve lançar futuramente, com organização do professor José Predebon. Toda a arrecadação da venda do livro será destinada à Fundação Dorina para a compra de softwares pertinentes à leitura de deficientes visuais. Uma causa mais do que justa. Serei um dos colaboradores, com grande honra.
O segundo:
Desde terça ou quarta-feira, uma velha conhecida reapareceu para as visitas eventuais que costuma me fazer de quando em quando. Desde ontem, porém, sinto sua presença mais forte e contundente. Trata-se da Sra. Dor nas Costas que, ao que me consta, é parceira – às avessas, é bom que se diga – de muitos brasileiros. Minha última crise aguda foi em janeiro de 2005 – fiquei três dias estatelado no leito de um hospital.
Não gosto sequer de lembrar.
Depois reapareceu ocasionalmente, mas sem aquela intensidade.
Lembro-me que daquela vez, o primeiro que me assistiu foi um médico chileno, de farta cabeleira grisalha.
Foi taxativo em seu diagnóstico e no portunhol:
-- Crise de dolor lombar.
Quando voltei para casa, fui consultar uma fisioterapeuta, recomendada por amigos e familiares. Antes que ouvisse qualquer piadinha relacionando a minha idade ao mal estar, esclareci à doutora que convivo com essa dor desde os tempos de garoto e que tudo começou após um jogo de futebol.
Mas, fiz a ressalta que não devia.
-- Nunca foi assim tão doída a ponto de me deixar três dias deitado, sem conseguir sair da cama do hospital.
A resposta da moça não foi nada auspiciosa:
-- Prepare-se, pois daqui para frente, com a idade, essas dores só tendem a piorar.
Imaginem como estou me sentindo hoje... |