Năo sei se deveria tocar no assunto.
Está fora de contexto...
Aconteceu em agosto...
O rapaz está em outra...
Reatou com a esposa e tal...
Mas, sei lá por quais razőes, só hoje subiu para as homes dos portais.
II.
Perdoem-me a fraqueza.
Fiquei tentado a comentar.
Juro que a minha intençăo é das melhores.
Primeiro porque lembrei a cançăo de Nélson Motta que a voz doce de Marisa Monte consagrou:
”O que é que a gente năo faz por amor?”
E aquela do Vinicius e do Toquinho:
“Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Quem nunca curtiu uma paixăo
Nunca vai ter nada, năo”
III.
Pois é, meus caros:
Os craques também amam...
Um gaiato comentou no pé da notícia de hoje:
“É elano que se aplende.”
Maldade, deboche.
IV.
Meus considerados, chega de volteios.
Vou direto ao assunto do dia:
Quero me solidarizar com o craque Elano que, dizem, bancou o homem-aranha e escalou o muro da casa da atriz Nívea Stelmann na vă tentativa de reatar o namoro que acabara de acabar por obra e graça da moça.
“Elano, vocę me sufoca”, imagino disse ŕ moça ao perplexo Romeu sem mais Julieta.
Elas săo assim, boleiro.
Mudam e esquecem de nos avisar.
Aí já era!
Desencanam. Năo atendem o celular, năo respondem aos emails, esquecem o facebook.
O primeiro passo para que o homem – ou uma sociedade – perca a sua dignidade é quando lhe tiram o direito de expressar-se, de dizer livremente o que pensa, o que sente.
Justiça seja feita.
Dizem que só no twitter, ela brincou de lhe provocar:
“Bom dia, homem-aranha.”
V.
Por outra, como diria Chalita, o meu amigo libanęs das quebradas do Sacomă:
-- Quem aí já năo aprontou das suas por uma “calça justa”?
Sei da história de um conhecido empresário que fez um bate-volta ao Japăo atrás de uma modelo que tanto o encantava, e muito lhe prometia.l
Chegou lá e a moça năo estava. Viajara para fazer uma campanha nas Filipinas.
Ficou na măo.
Ninguém merece.
Mas, acreditem prezados e renitentes leitores, é a mais crua realidade dos que amam – e se iludem.
Dói mais do que pisada de elefante.
“Mas, valeu – e sempre valerá”, disse-me o gajo viajante tempos depois de lamber as próprias feridas e afogar as mágoas naquele boteco que năo mais existe na esquina da rua Bom Pastor com a rua Greenfeld, onde hoje existe a imponente Estaçăo Sacomă do Metrô.
VI.
É da vida e dos amores.
No mínimo, restarăo boas histórias para contar aos netos e a sensaçăo de terem apostado todas as fichas em um sentimento que acreditavam ser um grande amor e que, por fim, se transformou em descarado equívoco. |