Em férias, e ausente do Blog, lembrei-me que, dia 13 próximo passado, o extraordinário músico, cantor, compositor Joăo Bosco completou 70 anos.
Como disse de férias, ausente do Blog e longe de casa, năo acompanhei se lhe fizeram a justa homenagem.
Em tempos bicudos e de descomunais tristezas, năo me surpreenderia se a data passasse em brancas nuvens na chamada grande mídia.
Se assim aconteceu, lamento.
II.
O mineiro de Ponte Nova, Joăo Bosco de Freitas Mucci, é dono de uma das mais admiráveis obras da música popular brasileira. Ao lado de Aldir Blanc Mendes, carioca do Estácio e dono de uma inesgotável verve de poeta e letrista, Bosco formou uma história parceria que balançou o coreto assim que surgiu, naqueles culturalmente trepidantes anos 70.
A lista de sucesso (da dupla) é interminável: “Agnus Sei”, “Mestre Sala dos Mares”, “De Frente Pro Crime”, “Dois Pra Lá, Dois Pra Cá”, “Escadas da Penha”, “Casa de Marimbondo”, “Kid Cavaquinho”, “Caça a Raposa”, “Bodas de Prata”, “Incompatibilidade de Gęnios”, “O Cavaleiro e o Moinho”, “Vida Noturna” “O Ronco da Cuíca”, “Miss Suéter”, “Latin Lover”, “Galos de Briga”, “Transversal do Tempo”, “Rancho da Goiabada”, “Falso Brilhante”, “Jogador”, “Vaso Ruim Năo Quebra”, “Tiro de Misericórdia”, “Plataforma”, “Me Dá a Penúltima”, “Bijouterias” , “Linha de Passe”, “Contos de Fadas”, “Boca de Sapo”, “Ai, Aydée” e a maravilhosa “O Bębado e a Equilibrista”, entre outras tantas e tamanhas.
III.
Lembro assim que, em janeiro de 1980, fui convidado a escrever sobre qual a grande obra musical surgida na década que terminara. Năo tive dúvidas em apontar o nome de Joăo Bosco como o grande artista da década. Sacramentei que a dupla foi p grande achado musical do período. E os discos de Joăo retratavam “um bem engendrado mostruário da vida do brasileiro com crendices, paixőes, ironias, aspiraçőes e tragédias”.
Hoje, tantos anos depois, reitero tudo que disse – e acrescento: o homem continua fera!
Pena que nossas rádios e TVs prefiram Anitas, Wesley, Luans...
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