Vou dar um breque na divulgação do meu nov o livro “Volteios – Crônicas, lembranças e devaneios” (que será lançado amanhã na Livraria da Vila, rua Fradique Coutinho 915, a partir das 18 horas), para fazer um breve registro sobre um dos assuntos que mais me apaixona: futebol, em especial o futebol brasileiro.

Quem lê as bobagens que escrevo aqui sabe bem que, desde que me entendo ser vivo e ativo, o Planeta Bola é (e sempre foi) meu habitat. Sou das antigas. Do tempo em que se discutia quem seria o melhor Leônidas, Zizinho ou Baltazar. Pelé ainda era juvenil do Santos.

Pois bem...

Sei que muita coisa mudou. Os tempos são outros. Futebol é mais competitivo, os atletas correm mais, trata-se de um dos grandes negócios mundo afora etc etc etc.

Compreendo tudo, entendo tudo “e vamos que vamos”, como bem me escreveu a amiga Leila que mora em Nova York, não vai poder ir ao lançamento do meu novo livro “Volteios”, na Livraria da Vila, mas mandou parabéns antecipados, via email.

Então, como ia dizendo, antes da pausa para o comercial, vamos que vamos, compreendo tudo, mas é o seguinte: se houver qualquer virada de mesa para recolocar Flu e Vasco ou qualquer um dos dois na série A do Brasileirão do ano que vem, desisto de acompanhar as partidas, ouvir e assistir aos programas esportivos, ir aos estádios etc etc etc.

Não vou entrar nas tais ‘jabuticabas jurídicas’, como bem definiu as filigranas das nossas leis o flamenguista Ruy Castro (que não estará no lançamento do meu livro, pois nem sabe da existência deste modesto escriba).

Não importa.

Aí, o descaramento chega às raias do absurdo.

Será constrangedor.

Sei que na ordem nas coisas, o dólar não vai subir e a vida não vai mudar por causa da minha indignação, mas está feito aí o meu protesto.

De quebra, a família agradece, pois teremos mais horas livres para um lazer, digamos, mais saudável como teatro, cinema, shows, passeios ao ar livre, viagens etc etc etc.

Só lamento, a partir de então, não poder usar minha nova camisa do Palmeiras, aquela que é réplica da que a Academia representou a seleção brasileira em 1965. (A Nike já patrocinava a seleção naquela época?)

Quem sabe não a uso amanhã quando lanço meu novo livro “Volteios”, na Livraria da Vila, a partir das 18 horas... Quem sabe...