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Năo guardei tudo o que escrevi, até porque năo tenho qualquer vocaçăo para arquivista, mas vasculhei a caixa de recortes de jornal que tenho e prezo – e nada encontrei sobre Noel Medeiros Rosa, compositor carioca que exatamente hoje – 11 de dezembro – completaria 100 anos se vivo fosse.
O nome da fera, porém, aparece em citaçőes feitas por outros cantores/compositores que entrevistei ŕ época (Joăo Nogueira, Martinho da Vila, as moças do Quarteto em Cy, entre outros) ou como fonte de influęncia em autores como Chico Buarque de Holanda, por exemplo.
Lá pelas tantas, no comentário que faço sobre o disco Meus Caros Amigos, lançado em 1976, defino Chico como “herdeiro dileto” de Noel.
Assino, dou fé e reitero hoje o comentário.
Em outro texto, comento a série Gala 79, da Som Livre, que tem um disco inteiramente dedicado a Noel Rosa. Além de listar cançőes e intérpretes (que inclui entre outras “Último Desejo”, “Conversa de Botequim”, “Feitiço da Vila”, “Feitio de Oraçăo” e nomes como Isaurinha Garcia, Araci de Almeida, Ismael Silva e Ciro Monteiro), escrevo que “grandes nomes da MPB beberam a se fartar dessa fonte, responsável por dar forma e prestígio ŕ música popular brasileira.”
Nunca fui assim um Noel, mas há que se reconhecer: eu, como crítico de mpb, tinha lá meu estilo.
Sei que na era em que vivemos onde reina soberano o recorta-e-cola e o Google e o WickLeaks fazem e acontecem, é chover no molhado traçar a biografia de Noel. Mesmo assim, tenho uma recomendaçăo a fazer: em O Estado de S. Paulo de hoje há uma belíssima reportagem especial sobre o compositor, inclusive com um texto maneiro bem ao estilo do autor, o compositor de Martinho da Vila. Leiam!
Além do que o centenário é mais um bom motivo para ouvir e celebrar Noel Rosa, o eterno Poeta da Vila. |