Meu Brasil brasileiro, verde, amarelo, preto, branco e vermelho.

Somos um povo alegre com samba no pé, e é com alegria e ousadia que a gente tem que se manifestar.

Olha a banana, olha o bananeiro...

Sou baiano, sou brasileiro...

Estamos mais fortes do que nunca, o sorriso é a nossa proteção, a música é a nossa espada...

Nos vemos na Copa...

Estamos juntos!!!

II.

É muito provável que o ‘bananeiro’ Daniel Alves não saiba. Aliás, nem era sua obrigação saber quando postou a mensagem acima nas redes sociais. Mas, foi esse jeitão brasileiro de ser – a malícia, a miscigenação, o samba, a ginga e o pouco quase que se precisa para ser feliz – que transformou o futebol de prática das elites no esporte mais popular do País, nossa marca registrada no cenário mundial e, principalmente, em inequívoco traço de identidade cultural.

No início – fins do século 19 e início do 20 -, um prélio de football era mais do que um evento esportivo; era um acontecimento social que canalizava a atenção dos aristocratas paulistanos. As damas vestiam a melhor roupa e desfilavam enquanto os namorados, pretendentes e afins corriam tresloucadamente atrás do balloon.

Fossem eles goalkeeper, foul back, center four, center half ou qualquer outra posição.

Deviam ser partidas bem sem graças, imagino.

III.

Só quando o esporte se popularizou junto à classe trabalhadora – fossem eles comerciários ou operários ou ferroviários – e invadiu as várzeas dos rios, transformados em campos, é que o povão pegou gosto e se inventou os dribles, as fintas e os gols de placas.

Nossa história (com as alegrias e tristezas) e a história do Planeta Bola nunca mais foram as mesmas.

IV.

Boa Daniel...

Um chega pra lá no racismo.

Um basta na discriminação.

Ainda por cima citar Benjor nas redes sociais.

“Olha banana

Olha o bananeiro”

Cara, você anda inspirado mesmo.

Venha para a Copa do Mundo nesse embalo.

Estamos juntos!!!